Instalação

On-line

Em linha, é um termo que se tornou muito corrente nos dias de hoje. O aparecimento da internet e as linhas telefónicas cada vez mais sofisticadas, vieram aproximar-nos uns dos outros.

Assim como as ligações aéreas, as “low cost”, as empresas transnacionais, a globalização em geral. São linhas virtuais, materiais ou imaginárias que diluem fronteiras e nos ligam aos mais diversos conhecimentos, em todas as direções, sentidos com trocas incessantes.

Ano: 2009

Local: Museu de Arte de Macau

Contexto: Exposição Divergência – Propostas de Macau à 53º Bienal de Veneza.

Técnica: Fios de lã, frases escritas na parede

Fazem com que sejamos cidadãos do mundo. Há cada vez mais media, formas de nos expressarmos e também de circularmos passando fronteiras. A distância suavizou-se.

As famílias dispersam-se em busca dos respetivos sonhos pessoais. As relações que se fazem deixam de se cingir ao nosso círculo de amigos, ao círculo da escola ou do bairro onde crescemos. Deparamo-nos hoje com um leque infinito de possibilidades. On-line, representa tal leque que, de infinito e variável que é, apresenta-se mais orgânico, sem a forma do leque, mas expresso em linhas e informações.

Estar em uma dessas linhas, é estar em todas elas, ligado ao mundo, à grande rede global. Estar na linha (on-line) é estar inserido na grande rede virtual que veste o nosso planeta de contradições, ideais, sentimentos, relações, escolhas, diversidade, sofrimentos, criatividade, ideias, caminhos, vida. Mas esta malha é extremamente complexa e mesmo num mundo que ainda abriga tantas desigualdades e exclusão, todos têm as suas linhas, seus ramos de linhas, seus rumos de vida.

Ano: 2009

Local: Museu de Arte de Macau

Contexto: Exposição Divergência – Propostas de Macau à 53º Bienal de Veneza.

Técnica: Fios de lã, frases escritas na parede

Em linha, é um termo que se tornou muito corrente nos dias de hoje. O aparecimento da internet e as linhas telefónicas cada vez mais sofisticadas, vieram aproximar-nos uns dos outros.

Assim como as ligações aéreas, as “low cost”, as empresas transnacionais, a globalização em geral. São linhas virtuais, materiais ou imaginárias que diluem fronteiras e nos ligam aos mais diversos conhecimentos, em todas as direções, sentidos com trocas incessantes.

Fazem com que sejamos cidadãos do mundo. Há cada vez mais media, formas de nos expressarmos e também de circularmos passando fronteiras. A distância suavizou-se.

As famílias dispersam-se em busca dos respetivos sonhos pessoais. As relações que se fazem deixam de se cingir ao nosso círculo de amigos, ao círculo da escola ou do bairro onde crescemos. Deparamo-nos hoje com um leque infinito de possibilidades. On-line, representa tal leque que, de infinito e variável que é, apresenta-se mais orgânico, sem a forma do leque, mas expresso em linhas e informações.

Estar em uma dessas linhas, é estar em todas elas, ligado ao mundo, à grande rede global. Estar na linha (on-line) é estar inserido na grande rede virtual que veste o nosso planeta de contradições, ideais, sentimentos, relações, escolhas, diversidade, sofrimentos, criatividade, ideias, caminhos, vida. Mas esta malha é extremamente complexa e mesmo num mundo que ainda abrigue tantas desigualdades e exclusão, todos têm as suas linhas, seus ramos de linhas, seus rumos de vida.

A divergência não se limita apenas aos sonhos mais ou menos egoístas das pessoas ou das famílias, às ambições ou desânimos perante os mesmos problemas, mas é agravada pela lenda da harmonização do pensamento e da vida, enquanto a teia existente que une os homens e as nações se encontra mais interrompida do que continuada.

Torna-se, pois, necessário dar uma nova visão da divergência, e até mesmo contrariar as ideias feitas. A visão de que existe atualmente uma menor divergência entre os povos, que noutros tempos, apenas esconde que esta assume contornos diferentes, baseando-se em mensagens diferentes nas quais os media procuram incutir a ideia de que quem não é igual é contra.

A rede de fluxos que cobre o globo terrestre é nossa, somos todos, os reprodutores dela. Somos, todos seus multiplicadores. Somos todos, sem exceção, os responsáveis pelas dinâmicas da nossa Terra.

Mas somos nós, individualmente, que tecemos as nossas próprias linhas, ou que escolhemos inserir-nos em determinadas e deparamo-nos diretamente com as suas encruzilhadas. Somos nós, individualmente, que sentimos os efeitos desta malha global no corpo e entendemo-los à nossa forma. Proponho, neste trabalho, um olhar sobre este mundo vestido com a minha malha. Tecerei a ligação entre os homens nas suas divergências, no respeito entre si e não no cinzento de uma pretensa igualdade. Isto segundo o meu olhar, a minha vivência de cidadã deste mundo.

E este mundo, o que vivi, tem suas próprias formas também. Nele, Europa e Ásia, mais propriamente Macau e Portugal, são a espinha dorsal, que há de ser bem protegida, bem vestida. Porém nunca isolados em suas realidades, uma vez que as suas realidades já não podem ser isoladas. São dois territórios mundiais, extremamente dinâmicos, inseridos económica e até oniricamente no mundo e no meu mundo.

Quando se tem dois ninhos, em lados quase opostos do globo, atravessa-se muita coisa. Trabalhando-se com a arte, em contacto com o que acontece, e possibilitada pelo dinamismo artístico das duas terras, pude conhecer outros continentes, sonhar em conhecer lugares, criando diversas relações reais, virtuais, sociais e sensíveis pelo mundo. É esta relação, de inquietação artística sob o mundo do acesso, da aproximação e afastamento a tudo o que me liga, que me sensibiliza a acalentá-lo pela malha da minha vida em linhas de fluxo de lã. On-line.

Divergência nos Media

Divergencia – Convite MAM

Divergência – Agenda MAM 03/2009

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Divergência – Entrevista

Divergencia – Ponto Final 03/09/2009

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