Exposição de Pintura
Vestígios
Este trabalho teve início numa passagem por Moçambique, mais propriamente na Ilha de Moçambique, que, pela sua riqueza histórica, arquitectónica e toda uma beleza mística, despertou-me um forte interesse de exploração plástica.
A Ilha de Moçambique, com apenas 4km de costa, foi, durante 400 anos, o maior centro mercantil marítimo intercontinental, um porto de trocas comerciais na rota da Europa para o Indico, e de fortes influências arquitectónicas arábicas, indianas e portuguesas que se misturam. Este porto de abrigo foi considerado património mundial da UNESCO em 1991.
Ano: 2005
Local: Instituto Politécnico de Castelo Branco
Técnica: Técnica mista, acrílico sobre tela
Ano: 2005
Local: Instituto Politécnico de Castelo Branco
Técnica: Técnica mista, acrílico sobre tela
Este trabalho teve início numa passagem por Moçambique, mais propriamente na Ilha de Moçambique, que, pela sua riqueza histórica, arquitectónica e toda uma beleza mística, despertou-me um forte interesse de exploração plástica.
A Ilha de Moçambique, com apenas 4km de costa, foi, durante 400 anos, o maior centro mercantil marítimo intercontinental, um porto de trocas comerciais na rota da Europa para o Indico, e de fortes influências arquitectónicas arábicas, indianas e portuguesas que se misturam. Este porto de abrigo foi considerado património mundial da UNESCO em 1991.
Da invisibilidade do imaginário que visualizo, o rasto de cada ser em movimento. Os vestígios do que passa, o rasto que não se vê, mas que fica.
Observei diversos fatores, a nível cultural, histórico e arquitectónico, através de registos gráficos e fotográficos.
Interessou-me explorar dois temas específicos: um, centrado nas ruínas da ilha, que resultou na Exposição Sim.Biose, apresentado em 2006 na Sala do Veado, no Museu de História Natural, em Lisboa; e este, mais centrado na figura humana, nas vestes, nos costumes, nos rituais diários, nos insectos e em toda a atmosfera envolvente. Realço os insetos, mais especificamente os mosquitos porque, embora cerca de 70 por cento da população da ilha esteja infectada com o vírus HIV, a principal causa de morte aqui é a malária. Assim, um mosquito, de sua aparência insignificante, tem um estatuto enaltecido.


















